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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Relógio atômico britânico é o mais preciso do mundo

Enquanto um relógio digital comum pode ter uma diferença de até dez segundos todo mês, o relógio atômico perde menos de um segundo a cada 138 milhões de anos

Relógios atômicos servem como padrão para todo o sistema de comunicação, que envolve desde satélites até transações na bolsa de valores Relógios atômicos servem como padrão para todo o sistema de comunicação, que envolve desde satélites até transações na bolsa de valores (Thinkstock)
 
   O relógio atômico que dita as horas na Grã-Bretanha é agora o mais preciso do mundo: adianta ou atrasa menos do que um segundo em 138 milhões de anos. É o que afirmam cientistas ingleses do Laboratório Nacional de Física (NPL) e pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos.  


Relógio atômico de césio da Grã-Bretanha, instalado no Laboratório Nacional de Física (NPL) em Teddington, Londres
 Relógio atômico de césio da Grã-Bretanha, instalado no Laboratório Nacional de Física (NPL) em Teddington, Londres

   Relógios de pêndulo contam as oscilações de um lado para outro para registrar a passagem do tempo. Relógios digitais podem contar as oscilações amplificadas de linhas de energia ou da vibração de um cristal de quartzo. Já relógios atômicos identificam as frequências de radiação eletromagnética que um átomo emite, sendo, por isso, muito precisos. A oscilação de átomos de Césio-133 é extremamente uniforme, ao passo que cristais dificilmente apresentam o mesmo grau de 'pureza', podendo emitir vibrações diferentes.
   O relógio atômico da Grã-Bretanha é um dos poucos do mundo produzidos - por europeus, americanos e japoneses - com o objetivo de servir como padrão de frequência para o registro da passagem do tempo. Por essa razão, definem o Tempo Atômico Internacional e o Tempo Universal Coordenado (UTC), servindo de modelo para todos os fusos horários do mundo. Comunicações em geral (incluindo satélites) e até mesmo transações financeiras são pautadas nesses registros.
   Ocorre que, mesmo sendo a forma mais precisa de marcar a passagem do tempo, o relógio atômico não é perfeito: a precisão vai depender da temperatura dos átomos. Isso significa que as condições devem ser controladas para não haver variação que influencie na frequência de radiação, como interação com campos externos ou colisões entre átomos. Mesmo em um ambiente supercontrolado, o fenômeno conhecido como Doppler – uma espécie de ruído causado pela aproximação do átomo com o detector da vibração —, e os feixes de micro-ondas usados para avaliar a frequência podem alterar o registro da passagem do tempo.  
   "As melhorias que relatamos reduziram significativamente as duas maiores fontes de incerteza na medição do relógio de césio", afirma Krzysztof Szymaniec, responsável pelo trabalho no NPL. O trabalho, descrito em um artigo que será publicado no periódico científico Metrologia, avaliou medições feitas recentemente em relógios de césio e usou modelos matemáticos para reduzir a incerteza para o menor valor alcançado até agora.

Pesquisa realizada no site:
 http://veja.abril.com.br

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